quinta-feira, março 17, 2011

O grande equilíbrio cósmico das cenas

Hoje de manhã encontrei o carro possuído por um espírito ruim - ainda pensei fazer os rituais de exorcismo ensinados pela engª Saramuga - ou mais exactamente, estava destituído de espírito pois a bateria tinha descarregado durante a noite. Não completamente, claro que sobraram uns electrões para manter o alarme a funcionar, embora a debitar uma gritaria bastante débil, quase moribunda, no meio da rua.
Isto começa bem.
Algumas pessoas devem ter pensado que era um vulgar assaltante de viaturas.
Tinha coelhos anoréticos à minha espera (que, tanto quanto sei anoréticos continuaram).
Depois de chegar a assistência do ACP e resolver o problema, fiquei a desejar que os senhores mecânicos que meteram as manápulas no carro da última da vez apanhem uma valente disenteria que os deixe com as nalgas coladas ao assente da retrete durante dias. Pragas rogadas, passagem na oficina. Entretanto, já com a apertada agenda completament baralhada com este infortúnio, dei por a pensar no que mais podia acontecer de mau. Mas não.
O Universo, na sua infinita sabedoria, soube equilibrar as coisas com luz verde para projectos de passarinhos e passarões, belos bacalhaus com natas para o almoço e novos super-poderes (agora consigo tratar e operar animais à distância).
Claro que se o Universo fosse inteiramente justo, eu tinha ganho o euromilhões (mesmo sem jogar) ou era convidado pela National Geographic para viajar pelo planeta a ver bichos. Mas não. vamos ficar por aqui, acho que é aquela cena do copo meio cheio e meio vazio.

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