sábado, setembro 13, 2008

Regresso ao Gerês


Ao Douro seguiu-se o Gerês, com um caminho meio atribulado, contrariado por não me deixarem ir à feira do Naso e a apanhar procissões intermináveis. Foi bom regressar à casa de Pitões, comer o bacalhau da praxe no D. Pedro, passar pelo planalto da Mourela, descer até Tourém, falar com caras conhecidas na aldeia e encontrar o rio Salas a correr baixinho com trutas a deslizar entre as pedras.
Mas faltou alguma coisa (e não foram só os pássaros, que para piscos e chapins vou ao jardim ao lado de casa) que tornou este reencontro um nadinha menos bom. E sei que por mais que pense que em certos contextos provavelmente não irei regressar, todas as paisagens de pedra, os carvalhais e os lobos a uivar à noite querem-me fazer crer que estou enganado. É que pode-se tirar um gajo do Gerês mas não tirar o Gerês do gajo.
Mas nem tudo é menos bom, ainda houve direito a um cromo novo. E a certeza que devia ter jogado no Euromilhões quando pedi: "Quero uma Pica!" e tcharam! Tinha uma dessas pegas aos guinchos na mão.

Pega-rabuda (Pica pica). Pormenor da asa.

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