sábado, setembro 13, 2008

Regresso ao Douro



A primeira de semana de Setembro foi marcada pelo regresso ao planalto Mirandês, desta vez sem burros nem gaitas-de-fole e em que a paisagem das fragas foi substituída pelos matagais, campos agrícolas e sebes cheias de amoras.
Foi a oportunidade, não só de encher o olho das belas paisagens e o estômago de belos manjares, mas enquadrado em mais uma expedição anilhadeira, encher a caderneta de cromos difíceis. Claro que uma agricola sempre é uma agricola mas estes passarinhos são bem mais giros que um rouxinol castanho, ainda que fora de rota. Mas mais importante que fazer colecções, foi a oportunidade de rever amigos e caras conhecidas destas paragens numa campanha de anilhagem que primou pelo excelente ambiente. Melhor só seria se 2 dias encatrafiado no jipe tivessem permitido a captura de um certo passarão (neste caso, passarona) mas há que ter sempre desculpas para regressar à região. Mais fotografias, só mesmo das cruzinhas novas. E vá, vamos a ver se algumas pessoas não ficam com os alicates verdes de inveja.

Toutinegra-de-bigodes (Sylvia cantillans). Aqui pareciam substituir os pardais, pelas multidões capturadas desta espécie. Parece que as hortas de Atenor são campo de reprodução ou de passagem na sua rota de migração para África.


Toutinegra-real (Sylvia hortensis). Foi sem dúvida, a estrela da semana. A captura de adultos e juvenis ainda sem acumulação de gordura levanta a suspeita que a espécie se reproduza nas imediações. Decididamente a aprofundar as investigações.



Pega-azul (Cyanopica cooki). Eu sei que os bandos que adundam no interior do país a tornam muito comum mas foi dos bichos que mais gostei de anilhar. (pormenor da asa).



Rabirruivo-de-testa-branca (Phoenicuros phoenicuros). Ainda que fosse um juvenil ainda sem a plumagem plenamente desenvolvida foi a prenda de despedida. Mais precisamente, para o Sócio, que deixou anilhas em duas espécies novas. De vez em quando o gajo até merece uns prémios.



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