sexta-feira, agosto 08, 2008

Dia 4 - de Malhadas a Miranda

Depois de acordar noutro lameiro com uma vista esplêndida sobre os campos, lá consegui fazer mais uns bonecos e tomado o pequeno almoço, lá se faz o grupo à estrada com uma primeira paragem por Pena Branca.
Almoço à sombra e há que começar a gerir a gota, intercalando as jolas com outras buídas. Começa-se a chegar àquela fase em que basta sentar-me para desligar o cérebro e começar a dormir pelos cantos. Ou se calhar é a minha desculpa por ter ficado em penúltimo no jogo dos pregos.
De Pena Branca toma-se o caminho para Vale de Águia, começa-se a ter uns vislumbres sobre as arribas sobre o Douro e avista-se Miranda ao longe.
A entrada na cidade foi um misto de apoteótico com uma invasão. Não de bárbaros mas de burros, burriqueiros e gaiteiros. E nem dá para descrever toda a marcha pelas ruas. A toque de caixa. Mas quem lá esteve sabe do que falo. O cortejo para numa praça (perdoem-me a ausência mental mas ainda estou a digerir a overdose de informação dos últimos dias) para uma actuação dos pauliteiros de Miranda para depois seguir para outra praça (deve ser mesmo Alzheimer) onde teve lugar o jantar, a final do jogo do prego e rever a actuação de Galandum Galundaina. Por esta hora, já nem sei onde arranjo forças para mexer sequer as pestanas. Ainda tocaram os Rarefolk mas o momento já era de despedida, não sem antes terminar com umas últimas paródias em palco.
É óbvio que este relato é uma fracção de todo o evento, que superou toda e qualquer expectativa e transcendeu todos os sentidos. É que nem faz sentido descrever por palavras esta nova perspectiva sobre a região (afinal, não é só passarinhos). Mas talvez ao som da gaita de foles consiga fazê-lo.
Um grande bem-haja à organização, AEPGA, Galandum Galundaina, aos burros e a todas as pessoas e personagens, rainha das fadas, escuteiro-mirim de andrómeda, le Mota e todos os pormenores, pequenos e grandes como as arribas que tornaram este passeio por terras de Miranda único. Para o ano certamente voltarei.
P.S.: WTF?! Chego a Lisboa e é ruas cortadas, assaltos e reféns, pessoas histéricas (sim, fui directo do Douro para o trabalho) e o camandro. Quando é que posso voltar a sair?

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