quinta-feira, abril 03, 2008

1001 noites

Continuando a sua viagem pelo mundo sentados à mesa, os Morcegos foram ontem jantar a um restaurante de inspiração marroquina conhecido pelo "Pedro das Arábias", na Rua da Atalaia. Como da fama de comilão já não me livro, cá vai a crónica gastronómica da noite:
O sítio é simpático, as entradas diferentes: azeitonas atómicas com picante nuclear, pratinhos de lentilhas, pimentos e cenoura com muitas especiarias à mistura. O melhor foi mesmo a beringela com iogurte. Os pratos, todos com nomes que já não me lembro de tão arábicos que eram, variavam entre a galinha e o borrego e acompanhados de cuscus. A comida era simples, boa mas soube-me pouco exótico. Nem mesmo o cuscus-super-afrodisíaco, que não fez efeito nenhum. Como se come bem, bebe-se melhor e, depois de esgotar o stock de Esporão reserva, passou-se para Monte velho - e claro está, não há nada a dizer sobre estes dois vinhos.
A sobremesa é que foi o estouro, tal era a bomba calórica de leite condensado, ovos, moscatel e frutos secos. Nos entretantos ainda se comeu uns besouros e umas joaninhas.
O prato principal foi mesmo o convívio e a galhofa, que valeram por 1001 noites de folia e que, certamente fariam corar qualquer Sherazade; desde o festival de gargalhadas, a combinação de saídas de campo à Comporta, Mértola, ao Fluviário, ao Pico e à Amazónia, o destruir da inocência de um livro infantil e os projectos do erotismo na Natureza, só contribuíram para elevar ainda mais a fasquia que já tinha sido colocada lá bem no alto depois do jantar no mexicano. Pelo menos, não havia toalhas de papel.
Só um senão: com tanta paródia, hoje deixei-me dormir e atrasei-me para uma tripla-intervenção-cirúrgica (mas desta vez correu tudo às 1000 maravilhas)

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