sexta-feira, fevereiro 15, 2008

Samouco by night

A juntar à sempre assustadora experiência de andar a chafurdar nas salinas - sempre em risco de me estatelar ou ser tragado por uma vala sem que nunca mais ninguém me encontre - ontem juntei uma nova, que foi andar aos tropeções pelos combros sem lanterna ou frontal. Mas no fim de contas, não se passou nada e é um facto que estou aqui inteiro a escrever.
Aliciados com promessas de tainadas de centenas de limícolas e, principalmente, pelas horas de trabalho normais (leia-se, nunca mais me apanham lá até às 7h00), lá se reuniu um pequeno grupo nas oficinas.
Na verdade, pouca coisa foi capturada - a luz (pois, supostamente de noite está escuro, excepto se estivermos ao lado da ponte Vasco da Gama, com os seus milhões de watts de iluminação), o vento, o frio (com direito a acender lareira e tudo) provavelmente tiveram um efeito dissuador. Apesar disso, ainda fiz a minha estreia ao pôr uma anilha num Tringa totanus.

Seixoeira (Calidris canutus)

E outra novidade foi a sessão de desenhos intercalada com a sessão de anilhagem. Acho que se está a tornar uma obcessão, saudável claro, que começa a pôr os meus amigos a revirar os olhos sempre que me vêm sacar do papel e lapiseira. Mas, mais tarde, quando me vierem pedir desenhos disto e daquilo, logo me pedem desculpa.





Ampliei ainda o espectro interesses e comecei a ver os peixes com outros olhos.
À beira de fazer 30 anos, é esta uma ideia de uma noite bem passada. A somar à quantidade de Surf trips (sim, isso mesmo), passeios e outras coisas sem juízo nenhum, das duas umas ou estou a perder o tino ou então, avizinha-se a crise de meia-idade-antecipada. O que quer que seja, já dizia a outra: Whatever!

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