sexta-feira, agosto 31, 2007

Dia Internacional dos Mortos-vivos

É oficial. O dia 31 de Agosto passa a ser oficialmente o dia internacional, embora com celebrações mais centradas na zona de Lisboa e Alcochete, dos mortos-vivos, vulgo zombies. Se hoje encontraram algumas pessoas a vaguear sem rumo pelos locais de trabalho, com olheiras de meio metro e um fiozinho de baba a escorrer pelo canto da boca, enquanto tentavam manter-se acordados, provavelmente essas almas penadas estiveram a noite passada no Estuário do Tejo. Ou talvez não, porque só mesmo um pequeníssimo punhado de loucos (em que desgraçadamente me incluo) é que se mete nestas coisas.
Mas mais importante que as celebrações, passadeiras vermelhas e discursos inflamados, este dia é principalmente um dia de aprendizagem. Eis então o que eu aprendi:

1. É má gestão da agenda social marcar a uma quinta-feira uma louca caça aos gambozinos, quando se teve uma sequência de borga nos dias anteriores e a borga se prolonga durante o fim de semana. O facto de ter ido trabalhar hoje com 2 míseras horas de sono é irrelevante;

2. Quando se afirma peremptoriamente que se regressa cedo a casa e que às 2h da manhã já se está transformado em abóbora deitado na cama, é mentira! O que se quer dizer na realidade é que só vamos regressar a casa quase às 7h00 quando as pessoas normais estão a sair dos seus lares para irem trabalhar;

3. Novamente, os cabrões dos mosquitos. Aprendi que nem a combinação Prebutix + Tabard + contrapic me salvou dos mosquitos sedentos de sangue do Samouco e que estes filhos das putas conseguem picar através da roupa. MEDO!

4. O facto de que as salinas são poços de areias movediças prontos a sugar qualquer caminhante incauto, já eu sabia; O que fiquei a sabir é que é sadicamente divertido ver as outras pessoas (coitada da Pintinhas) a enterrarem-se repetidamente naquela massa amorfa de sal, lodo e água;

5. Vou passar a andar sempre com 3 ou 4 isqueiros, uma dúzia de caixas de fósforos, um maçarico e um lança-chamas. Descobri que são coisas extremamente úteis e senti um laço de empatia com os nossos antepassados homens das cavernas;

6. Para fazer café (bebida quente e reconfortante, rica em cafeína), dá jeito ter café (pó); Água só não chega;

7. Apesar da minha triste figura de hoje e da actividade cerebral virtualmente nula, tenho que admitir que ainda vão sendo estes programas que vão atenuando um pouco a neura das últimas semanas.

2 comentários:

Anónimo disse...

Confesso que nessa sexta-feira a minha tarde foi tudo menos produtiva.
Também parecia uma zombie e penso que me podem ter visto a cabecear frente ao pc!
A situação agravou-se porque recuso qualquer ajuda mental do café! Por falar em café :p hehehe acho que sou a única que me posso rir genuinamente da aventura de não conseguir produzir fogo e café nas salinas! Se alguma vez partir para a aventura de vaguear sem destino não posso mesmo esquecer de fósforos!
É oficial somos "irmandade da esteva - meninos da cidade"!
Quanto ao resto posso dizer que ainda tenho pesadelos com o facto de poder ficar soterrada até às orelhas em campos de lodo e sal enquanto me rio descontroladamente da minha figurinha. E pior, isso acontecer com um segundo riso maléfico como som de fundo, abafador de qualquer possível pedido de socorro! Riso de quem nitidamente já passou pelo mesmo e que por isso viu a desgraça dos outros com um gostinho especial!
As questões que ficam são:
Quando é a próxima sessão?
A que horas é a maré-cheia?
Qual será a próxima vítima do lodo? (a esse explorador incauto garanto, irá ouvir à sua volta pelo menos 2 ruidosos risos maléficos enquanto se tenta salvar)

Anónimo disse...

Tenrinhos...

Menininhos de cidade são voçes!!!