sábado, julho 21, 2007
quinta-feira, julho 19, 2007
Sushi
Os 5 segredos das Tartarugas Ninja
Bom, só para situar um pouco... as tartarugas são Répteis (Ordem Chelonia ou Testudines) e a sua característica mais distintiva é a sua carapaça (a carapaça propriamente dita e o plastron) formada por placas ósseas cobertas de pele e suportadas pelas costelas. Existem cerca de 307 espécies, distribuídas por várias famílias e por todos os continentes (excepto a Antártida), em habitats terrestres, dulçaquícolas e marinhos. Podem encontrar mais informação aqui. Apesar de serem animais bastante familiares para o públigo em geral, graças a disparates como a tartaruga touché e coisas afins, desvendo aqui alguns dos seus segredos, que me foram confiados pela super-tartaruga-ninja durante um período de estágio nos esgotos de Nova Iorque:
O primeiro fóssil de uma tartaruga, Proganochelys, provém do final do Triássico (há 200 milhões e tal de anos atrás), quando começavam a surgir os primeiros Dinossáurios e primeiros Mamíferos, de regiões que são hoje a Europa Central e Sudeste asiático. Apesar desta antiga ancestralidade, Proganochelys possui praticamente todas as características morfológicas da Ordem, sugerindo que esta terá divergido dos restantes Répteis bastante mais cedo. Por essa altura as tartarugas já se encontravam separadas em 2 grandes grupos, Cryptodira e Pleurodira, que se distinguiam então pelo modo como a bacia se articula com a carapaça. Só mais tarde é que cada um desses grupos desenvolveu os diferentes mecanismos de recolher o pescoço no interior da carapaça, principal característica que os separa actualmente (os Cryptodira recolhem o pescoço ventro-dorsalmente enquanto que os Pleurodira lateralmente). Os quelónios fazem parte de um grupo de Répteis designado Anapsida, que não possui aberturas pós-orbitais no crânio e que não tem mais nenhum representante actual. Ainda é um mistério qual o grupo antepassado das tartarugas; foram avançadas diversas hipóteses de ancestrais, incluindo Pareiasaurios, Placodontes, Procolofonídeos ou Captorrinídeos, mas nenhuma ganhou concenso entre as pessoas que ligam a estas coisas.
Os Placodontes, um dos supostos antepassados ou parentes dos Quelónios, são exemplo de uma evolução mais ou menos convergente com as tartarugas. Estes Répteis aquáticos surgiram no início do Triássico, tendo desaparecido no final desse período e ao longo da sua curta história no planeta mostraram uma tendência para desenvolver uma carapaça dorsal a partir de placas ósseas. Na verdade, 2 famílias deste grupo, Placochelydae e Henodontidae (Henodus ao lado), mostram grandes semelhanças superficiais com as tartarugas. Actualmente pensa-se que os Placodontes, especialmente as formas mais tardias como Henodus, Placochelys e Psephoderma, mais do que constituirem uma segunda onda de répteis tartarugóides, seriam a resposta evolutiva dos Répteis às raias que se alimentam de organismos bênticos.
Uma espécie actual, Platysternon megalocephalum, do Sudeste asiático, surpreende pela sua agilidade e capacidade de trepar às árvores (ou pensavam que as tartarugas ficam assim feitas monas no fundo dos lagos?), graças aos seus membros desenvolvidos, à cabeça de grandes dimensões, que desloca o centro de gravidade do corpo para a frente, e pela cauda, longa e robusta, capaz de suportar a tartaruga quando esta trepa pelos troncos acima.
A apropriadamente baptizada tartaruga-panqueca (Malacochersus tornieri), da África Equatorial, contraria a ideia de que as tartarugas terrestres (Testudinidae) têm carapaças altas e abobadas e que são animais lentos. Esta espécie vive em habitats rochosos e a sua carapaça espalmada e fracamente mineralizada (e portanto, bastante flexível) permite-lhe enfiar-se em fendas estreitas nas rochas, mais ou menos encaixando entre as 2 superfícies; mais, ao firmar as patas contra as rochas, que possuem unhas e escamas robustas, são praticamente impossíveis de retirar. Para além disso, deslocam-se extremamente depressa, ultrapassando facilmente um ser humano em terreno horizontal. No habitat natural, utilizam essa agilidade para se esconderem rapidamente.
Uma família de Cryptodira, que terá evoluído no que era a então Gondwana (super-continente composto pela América do Sul, Antártida e Austrália) no final do Cretácio, chamada Meiolaniidae, terá subsistido na Austrália e Indo-pacífico até há bem pouco tempo (2000 anos atrás), contrariando um pouco a ideia de que a fauna de tartarugas australianas actuais é apenas composta por Pleurodira. Os membros desta família eram herbívoros, terrestres, atingiam grandes dimensões e a carapaça, cabeça e cauda eram adornadas por nódulos e espinhos, provavelmente usados como defesa contra os predadores malignos que habitavam o continente australiano nessa altura. O género Meiolania (esqueleto à esquerda), com 2,5 m de comprimento, é dos mais bem conhecidos, tendo aparecido no Oligoceno e sobrevivido na ilha de Lord Howe até há bem pouco tempo. Curiosamente, várias espécies colonizaram ilhas do Pacífico Sul, chegando até às ilhas Fiji e comprovando que as grandes tartarugas terrestres são bons colonizadores insulares, tal como já se tinha verificado nas ilhas Galápagos, Canárias (exemplares sub-fósseis) e ilhas do Índico (Seycheles e Mascarenhas). Uma espécie fóssil, Ninjemys owenii, do Pleistoceno da Austrália era a verdadeira tartaruga-ninja, com longos espinhos transversais na cabeça. Afinal há ou não há tartarugas ninja??
crânio de Ninjemys owenii
quarta-feira, julho 18, 2007
Zero a comportamento
Para agravar ainda mais, a média de idades dos clientes no bar rondava os 17,4 anos e portavam-se impecavelmente. MONOS! Só mesmo nós, cotas com quase 30, é que nos sabemos divertir!
segunda-feira, julho 16, 2007
5 coisas que desconhecia sobre pirilampos
- Afinal existem um pouco mais de meia dúzia de espécies; ao todo, há cerca de 2000 espécies de pirilampos espalhados por esse mundo fora. Os adultos possuem orgãos luminescentes na parte posterior do abdómen, mas não possuem o exclusivo da luz; há espécies cujas larvas e mesmo os ovos são bioluminescentes. Também a família em que estão incluídos (Lampyridae) não detém esse exclusivo, já que outras famílias de Coleópteros (Elateridae, Phengodidae) também são capazes de produzir luz. A bioluminescência também foi desenvolvida por outros grupos animais (várias famílias de Peixes Teleósteos, Anelídeos, Cefalópodes e outros) e através de diferentes processos biológicos.
- A bioluminscência nos pirilampos adultos tem 2 finalidades principais: A primeira, mais conhecida, é utilizada como forma de comunicação intra-específica entre machos e fêmeas, durante o período de acasalamento. Os machos tendem a emitir padrões típicos de luz, geralmente de locais altos ou em vôo, que as fêmeas respondem, geralmente do solo, com outro padrão característico. Pensa-se que a bioluminescência tenha evoluído inicialmente nas larvas, para afastarem potenciais predadores. Contudo, esta capacidade é utilizada com outros fins, bem menos simpáticos que a procura do parceiro para dar umas pinadas e propagar a espécie. As fêmeas de algumas espécies simulam os padrões de luz de outras espécies de pirilampos de modo a atrairem os machos, que acabam por ser devorados (as putas!). Outras espécies também fazem o mesmo tipo de simulação para atrair pirilampos e apropriarem-se de substâncias repelentes de predadores que estas contém.
- O processo bioquímico (nem acredito que estou a escrever esta palavra) da bioluminescência ocorre em células especializadas (fotócitos) e assenta na presença, numa primeira fase, de uma enzima, Luciferase e de ATP, que juntas produzem Pirofosfato e Luciferil-adenilato-luciferase; este último, quando em presença de Oxigénio, produz Oxiluciferina, Luciferase, AMP e Luz! o controlo da produção de luz, de modo a serem produzidos os padrões característicos de cada espécie, são controlados por um sistema de enervação própria do abdómen e pela inibição do consumo de oxigénio nas mitocôndrias, sistema complexo controlado por Óxido Nítrico (que entre outras coisas, também serve para manter a nossa pressão sanguínea, eliminar bactérias fagocitadas no interior de macrófagos e é um dos principais factores no controlo da erecção do pénis- sim, o Viagra mexe no sistema de Óxido Nítrico).
- O processo de bioluminescência é extremamente rentável, sendo produzida virtualmente 100 % de luz com esta reacção química, ao contrário de uma lâmpada incandescente, em que são produzidos 10 % de luz e 90 % de calor.
- Para variar, as populações de pirilampos estão em fase de regressão, que pelo uso de pesticidas que têm um efeito letal directo, quer pela perda de habitat adequado, quer pela "poluição luminosa" criada pelo Homem, que interfere na comunicação entre os animais. O que é uma pena, pois algumas moléculas que participam no ciclo de produção de luz têm potencial para serem utilizadas no tratamento de alguns tipos de cancro.
Alguma asneira ou correcção?
domingo, julho 15, 2007
Noite normal
sexta-feira, julho 13, 2007
Boa disposição
Só para informar que ao fim do dia estava MUITO PIOR!!!
Uma noite como outra qualquer
Logo após o incidente lombar, fomos invadidos por clientes, que me fizeram andar feito velhinho entrevado de um lado para o outro. Ao fim do dia foram dar comigo deitado no chão a fazer uma posição de "encaixe vertebral" para pôr as vértebras descarriladas de volta ao sítio. Tarde demais, pois apesar de terem voltado à linha, a composição ia toda trocada.
Por esta altura acharam vocês que me fui deitar para casa, beber um cházinho e receber uma massagem relaxante. ERRADO!! É lógico que fui para as salinas do Samouco para uma sessão de anilhagem à luz das estrelas. "Salinas? O que é isso?" Ouvi perguntar na pizzaria em Alcochete, fazendo com que me esgueirasse para a rua, abafando um riso. "Duh! Olha à volta!". As pizzas eram muito boas, melhores que as Sofias Lorens espalmadas, mas é melhor calar-me, senão depois a irmandade não me leva a jantar fora.
Com a promessa de apanhar cem Sternas, lá fomos para as salinas. O mais correcto seria dizer sem Sternas, que eram como estavam as redes passado um tempo. A única coisa que apanhei foram picadelas de mosquito nos 3 minutos que levei a sair do carro e a besuntar-me com repelente. Como já tenho experiência nestas coisas, ia já com as expectativas em baixo, do género "qualquer ser vivo que veja já é bom" e lá consegui tirar umas fotos a umas osgas.
"Chup! Chup!" fazia o mosquito enquanto lambia o probóscide, todo contente por me sugar o sangue e me despejar alguns Arbovírus em circulação. Alguns ficaram esborrachados à superfície da minha epiderme, após levarem uma bolachada com a minha manápula, outros agonizaram passados alguns segundos, intóxicados com o meu sangue peçonhento. Pelo menos, é o que eu desejo. Morram, Cabrões!!
Tarentola mauretanica
No fim da noite lá apareceram as Sternas e pode-se dizer que a noite não foi em vão.
A família de Sterna albifrons à espera de receberem uma anilha.
quinta-feira, julho 12, 2007
Jantar canibal
segunda-feira, julho 09, 2007
sábado, julho 07, 2007
As aves-baleia constituem a família mais derivada de todas, completamente adaptados ao meio marinho. São animais de grandes dimensões, alcançando desde 300 kg até 2 toneladas de peso, sendo as maiores Aves de que há registo. O bico é longo e ligeiramente curvo, com dentes apenas no maxilar superior; contrariando a tendência da Ordem para reduzir as dimensões dos membros anteriores, as aves-baleia têm-nos desenvolvidos, que utilizam como estabilizadores e para mudar de direcção; Os membros posteriores estão trasformados em barbatanas, só se distinguindo as unhas nas extremidades. Esta família desenvolveu uma pseudo-placenta, que não é mais que uma anastomose dos vasos da membrana alantóica do embrião com os vasos da parede do oviducto e que lhes permite serem completamente independentes do meio terrestre para efeitos de reprodução.
quinta-feira, julho 05, 2007
Filme #3 - Magnolia
É frequente música e cinema entrecruzarem-se, mas nunca antes visto desta maneira. O filme é excelente e a banda sonora também.
Filme #2 - Garden State
Não há uma cena preferida, o filme é muito bom do princípio ao fim, daí aparecer aqui o trailer. E tem a Natalie Portman...
Filme #1 - Fight Club
Provavelmente, o preferido. Para todos os efeitos, a melhor cena final que um filme pode ter.
Guia de campo cinematográfico
quarta-feira, julho 04, 2007
Super Rock!
segunda-feira, julho 02, 2007
Guia de campo jurássico
Theropoda
Os grandes dinossauros carnívoros são dos grupos mais facilmente reconhecíveis pelo público. Os seus crânios eram grandes e parcialmente pneumatizados, tal como os ossos dos membros, as costelas e vértebras; os dentes comprimidos lateralmente, ligeiramente encurvados para trás e com 2 bordos serrilhados; as falanges dos membros anteriores eram alongadas, com garras longas e curvas; ao longo da evolução do grupo, que surgiu no final do Triássico/início do Jurássico e que se espalhou por todos os continentes (incluíndo a Antártida), houve uma perda progressiva dos dedos IV e V.
Ceratosauroidea
Predadores primitivos, o crânio era ornamentado por cristas e cornos. O género Ceratosaurus foi encontrado em rochas do Jurássico superior, não só em Portugal, mas também nos EUA e na Tanzânia.
Digam lá se a anilhagem não era ainda mais interessante com estes bichos?
Prémio Nobel
24 horas
Alguém quer adivinhar o que isto é?