sábado, março 10, 2007

Traumas de infância I

Pois é, eu, Fuzhong aqui confesso alguns acontecimentos profundamente traumáticos e perturbadores que ocorreram durante a minha juventude. Certamente irão compreender que sou um resultado do meu meio ambiente e que a partir de hoje irão perdoar alguns comportamentos meus. Igualmente, era bom começarem a fazer-me algumas compensações para amenizar todo este sofrimento (será que esta conversa resulta para engatar algumas moças?)...
Uma das primeiras recordações que tenho é de ir ao jardim zoológico, o que nem deve ser surpresa para quem me conheça razoavelmente bem. Foi um dia recheado de momentos bucólicos, como quando o meu pai me levantou no ar para dar de comer uma folha qualquer à girafa (naquela altura devia-se poder alimentar os bichos... ainda bem que não me lembrei de dar comida aos leões), quando vi aquele boneco a imitar um orangotango (era um boneco, lembram-se) num recinto que mais parecia uma casa de banho (porque também cheirava como tal...), etc. e tal.
Lá para o fim da tarde os meus pais comprara-me um gelado e quem me conhece razoavelmente bem deve imaginar que este prazer em comer não é de agora... Pois foi com uma grande antecipação de gula que comecei a tirar o papel ao corneto de morango. Já a salivar, qual canídeo de Pavlov, ia a dar a primeira lambidela quando apareceu, vindo dos infernos, um cabrão de um macaco (lamento não me lembrar da espécie) e com toda a habilidade larápia me tirar a bola de gelado, enquanto fiquei a olhar para o fundo do cone de bolacha. Como na altura ainda não sabia praguejar, desatei num berreiro, enquanto aquele filho de uma grande puta lambia os dedos e os beiços com o MEU gelado!
Também não ajudou muito TODA a gente no raio de 200 m, incluindo os meus progenitores, desatarem a rir. Ainda hoje suspeito que ouvi as hienas a rir também. Mas foi aí que cometi um erro fatal... desatei numa birra medonha e de nada adiantou os meus paizinhos quererem comprar outro, porque eu queria AQUELE corneto. Resultado: acabei por sair do zoo a chuchar no dedo e a desejar que o macaco apanhasse uma tremenda caganeira ou então que viesse a ser diabético uns anos mais tarde.
E esta é uma das muitas histórias...

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