terça-feira, março 20, 2007

Espécies hospitalares

Hoje o Guia de Campo, nas suas habituais deambulações por uma determinada instituição, descreve algumas espécies muito particulares:

As p***s das velhas que apanho sempre à minha frente no bar do instituto, que demoram uma eternidade a fazer um pedido a prestações, tipo: "Quero um café","mas é cheio","com adoçante","está muito quente, mude de chávena","e também quero um queque","este não, o outro"... e por aí fora. Ainda por cima as gajas andam sempre em matilha, portanto é esta cena a multiplicar por 3 ou 4. Conseguem despertar os mais profundos instintos assassinos na alma mais pacífica, como a minha.

O médico-actor-de-novela, que deixou as minhas colegas a babarem a gelatina do almoço. Quando perguntei quem era o cromo fui trespassado por olhares do mais puro ódio, que me gelaram o coração. Parece que a especialidade do senhor é obstetrícia e não ginecologia, como algumas desejavam...

A médica-bruxa que parou a fila da cantina porque o arroz "sabia a bispo".

O segurança-x-men, aquele que tem os óculos e deita raios dos olhos. Esse mesmo.

As simpáticas senhoras da cantina, que para além de nos atropelarem com os carrinhos passam o tempo a guinchar "Com licença!", "Deixem passar!". Para além disso, é sempre bem sermos atendidos com umas carrancas de quem bebeu leite azedo ao pequeno-almoço.

Enquanto degustava uma fatia de tarte-mutante-radioactiva à sobremesa, fui assinalando no guia estas espécies.

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