segunda-feira, janeiro 15, 2007

Fim de semana ribatejano

Ah... acaba de terminar mais um fim de semana e apesar, da fadiga (começo esta semana mais cansado que terminei a anterior) e das olheiras poderem dizer o contrário, a disposição é boa pois acabo de regressar de 36 horas daquelas. Se todos os fins de semana fossem assim... provavelmente já tinha ido parar ao hospital com um fígado de cortiça. Já diziam os Cake no seu primeiro albúm, a antever o meu destino se mantiver este nível de actividade:
"...Your liver pays dearly now for youthfull magic moments
but rocks on completely with some brand new components..."
Mas adiante, que há que fazer a crítica gastronómica (e não só).
Sábado: festa de aniversário tripla na "Tertúlia o Forcado" num fim do mundo chamado Omnias. Tinha estado o dia todo a trabalhar (sim, sou um dos desgraçados que trabalha ao Sábado) e cheguei com uma fome e sede de cão. Então vai de morfar morcelas, azeitonas e pão e emborcar médias até chegar a grelhada de carne mista. Os whiskys e licores manhosos, que supostamente seriam digestivos no final, serviram apenas para dar continuidade aos treinos em casa de um dos aniversariantes a derrubar mais médias. Ao longo da noite as beberagens etílicas revelaram uma das suas vantagens para a saúde, que é desinibir as pessoas e a conversa correu fluida até às 4 da matina, em que fiquei a conhecer um pouco melhor amigos já de longa data. Ao fim da noite tinhamos também já uma folha cheia de mulheres-insecto e outros invertebrados.
Domingo: ainda em Santarém, acordar às 13h (que já não fazia há séculos), almoçar com amigos e sem querer, pregar um susto de morte à filha de 2 anos e meio. Mas lá fizemos as pazes quando lhe dei um chocolate no café. Próxima paragem: Benavente, rever mais amigos. Lanche. Incauto, fui apanhado de surpresa e ainda estive a alombar com móveis para a casa nova. Com um grupo mais composto, jantar de petiscos (o primeiro do ano); Entre moelas óptimas, pica-pau, salada de polvo e buxo, apareceram umas coisas fritas que localmente chamadas de torresmos. Foi só depois de ter deglutido uma dessas coisas que percebi que tinha comido um bocado de mesentério com linfonodo (yuck!). Terminámos a noite em casa de uns deles, no meio do fumo e bebidas, a partilhar histórias irreais (soube que estive em riscos de levar com uma bengala na cabeça na antevéspera de Natal no pesadelo de compras do Colombo), reconstruir histórias de festas passadas e basicamente a debitar gargalhadas à força toda. Já eram quase 3 h quando cheguei a casa e hoje estou a pensar seriamente abrir os olhos com fita-cola e injectar directamente na veia 1 L de café, mas vale a pena o sofrimento.

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