quinta-feira, novembro 30, 2006

Más notícias...

O nariz que produz mucosidade a uma taxa de 2 baldes por hora... os olhos raiados de sangue que me tornam numa qualquer personagem de filmes de vampiros ou de exemplo dos malefícios de fumar erva... a voz melodiosa só equiparável a um sapo fumador depois de fazer uma traqueostomia... tudo parece apontar numa única direcção: constipação à vista! Já tive que tomar um cocktail de fármacos (só falta o super-chá) para amanhã voltar ao normal. Preciso é de dormir (o que vai ser fácil, com a carraspana + anti-histámínico + noites mal dormidas que tenho em cima).
Por acaso, lembrei-me da melra de ontem... e da conjugação aleatória das teclas H,5,N,1...

quarta-feira, novembro 29, 2006

PDI*

Pode parecer ridículo estar com esta conversa de velho aos 28 anos (especialmente para quem tem mais anos que eu) nem estou com nenhuma crise de meia-idade antecipada (para isso, sempre está a guitarra à espera- só falta a banda). Mas o que é verdade é que já começo a encontrar algumas limitações impostas por estes longos e sábios anos, especialmente depois dos últimos dias. Senão, vejamos:

Já não sou tão tolerante ao efeito do alcool. No sábado passado, emborcadas umas 5 ou 6 imperiais e meia garrafa de whisky estava completamente KO às 3h00. Ou 4h00? Só sei que acordei de madrugada refastelado num sofá e tapado com uma mantinha. Nada de cenários de degradação mas sim, o avôzinho a dormir uma soneca?? Ontem à noite, depois de 2 caipironas servidas em copos-tamanho-penico e quase sem gelo (mas estavam bem boas)e sem nada no buxo para as receber, já me estava a dar a fraqueza. Se não fosse o belo do stroganoff tinha-me desgraçado. Mas novamente, às 3h00 já estava a ver em pal plus. Até há bem pouco tempo atrás conseguia acumular directas + bebedeira e ir trabalhar no dia seguinte mais ou menos normal; hoje parece que ando numa frequência diferente do resto das pessoas.
Ambas as festas foram óptimas mas o day after fez-me recear o futuro: chá e bolinhos? Se calhar estou em baixo de forma, se calhar preciso de voltar aos treinos. Digam-me, também se vêm acometidos dos mesmos problemas.

Também não me faz sentir muito jovenzinho constatar que entrei para a faculdade há 10 anos e que estou a encontrar algumas amigas grávidas e a visitar demasiados quartinhos de bebé...

*Puta Da Idade

sábado, novembro 25, 2006

E se de repente um desconhecido...

... completamente embriagado entra pelo estaminé dentro 5 minutos depois deste fechar ao público e, com a voz entamarelada e a destilar vapores etílicos, fala dum qualquer problema de 4 patas com 3 semanas de duração e que a seguir começa a ligar para todos os telefones isso é sinal que preciso pensar seriamente em mudar de profissão. PUTA QUE OS PARIU A TODOS!!

Ó senhor, vá para casa curar a cadela com isto:


E já agora, não nos chateie os cornos e tome uns 2 ou 13 frascos disto aqui:


sexta-feira, novembro 24, 2006

Mais um dia recheado de pequenos momentos surreais

Cada vez mais acho que ando a ser exposto a doses tóxicas de surrealismo, bem acima dos limites impostos pela lei. Senão vejam:
#1 quem conduziu hoje deve ter reparado que algo não andava bem; quer fosse pela chuva, pelos oceânicos lençóis de água, óptimos para artísticos aqua-plannings, pela elevada taxa de acidentes aparatosos com que me cruzei, com as filas de trânsito quase sempre inexplicáveis (as explicáveis eram causadas por um Sr guarda Cerôdio, que tentava por alguma desordem... digo, ordem no trânsito). Também rapararam na grande quantidade de cadáveres estropiados de guarda-chuvas nas estradas?
#2 constatei como é difícil dar más notícias a um cliente, especialmente que metam as siglas PIF, enquanto se ouve o patrão aos saltos e aos gritos ao telefone a combinar palermices. Só dá mesmo para por o sorriso amarelo nº 3 e dizer "pois..." enquanto se encolhe os ombros
#3 e se de repente uma maluca qualquer telefona a perguntar se os comprimidos só se tomam aos dias úteis isso é... sinal de que preciso de mudar de profissão!
Apesar de toda estas e outras coisas esquizóides, não posso deixar de pensar em como o meu dia-a-dia é riquíssimo. Quando for velhinho, daqui a muitos anos, hei-de mandar os meus robots escreverem as minhas memórias intituladas "displepsias no reino dos esquitos". Parece-vos bem? Isto se entretanto não enlouquecer também

quinta-feira, novembro 23, 2006

O código da Vinci

Ontem a minha irmã trouxe o dvd do dito filme para visionamento pós-jantar, que se revelou um óptimo sedativo, pois após uma meia hora de visionamento já tinha adormecido. Pode ter ajudado o facto de ter estado a trabalhar quase até às 23h mas tinha esperança que a visão da deslumbrante Audrey Tatou me mantivesse desperto. Mas nem isso ajudou. Se não tivesse lido o livro (que confesso que li sofrega e ininterruptamente durante um fim de semana) me tinha perdido pela história confusa e fraccionada.Bem melhor que este código é este outro:

Esta e outras ilustrações espetaculares são feitas por um senhor chamado Ray Troll e podem ser vistas aqui. Quando for grande quero ser como ele (excepto a parte de ter um nome meio... desenho animado. Raio Trol?)

A vida era bem mais simples...

... quando comunicávamos por carta ou telefone. Lembram-se? É verdade que os mails vieram revolucionar um pouco as comunicações e o modo como se trabalha. Hoje em dia não consigo passar sem ele e é inegável a quantidade de documentos, relatórios e afins que envio e recebo diariamente. Fora as mensagens pessoais.
E os omnipresentes fwds que dizem "o coração da amizade" e outras baboseiras que metem sempre cãezinhos ou gatinhos e que se não enviar a 300 pessoas nos próximos 2 segundos caem-me as sobrancelhas, como aconteceu a um senhor na ilha da Páscoa.
E o spam que vai aparecendo e que me convida a comprar viagra ou codeína e a contactar umas "horny barely legal sluts".
Essas serão as partes menos boas. No entanto, hoje foi-me atribuída mais uma conta de e-mail o que me fez pensar se não estará a ser um pouco demais. Ao ritmo a que perco massa encefálica, como é que me vou lembrar dos mails e passwords dos 34 endereços que certamente irei ter daqui a um ano? Senão vejam a quantidade de mails que já acumulo:
#1 mail pessoal: neste recebo e envio mails de e para amigos, algumas coisas relacionadas com trabalho e as mensagens de 3 fóruns da net (também de trabalho);
#2 conta no gmail: para receber e eneviar ficheiros grandes;
#3 mail da empresa: trabalho, claro;
#4 conta no hotmail: basicamente para receber spam;
#5 mail do instituto: que me foi atribuído hoje. No entanto, não posso deixar de estar um pouco contente pois é o meu endereço "científico", que irá aparecer em alguns futuros artigos. Nobel Prize, here I come!!
Já chega não acham?

segunda-feira, novembro 20, 2006

Ninguém me liga...

Ao passar os olhos por outros blogs, fico com um pouco de inveja quando vejo alguns posts cheios de comentários e o meu guia de campo, assim tão pobre e abandonado, apenas com umas míseras linhas. Existem uns raríssimos leitores que eu sei que o lêem (até porque às vezes vêm tirar satisfações do género "ó meu ganda boi, escreveste aquilo?"), por isso lanço aqui o desafio:
À semelhança dos vossos guias de campo (que eu sei que os têm), em que põem cruzinhas ou bolinhas ou "vistos", não acham que enriqueciam muito mais esta experiência de alta literatura electrónica a deixar aqui a vossa participação?
Desde já, o meu mui obrigado e um grande bem haja!
P.S. não estranhem a maluqueira pois acabo de vir do mestrado, onde deixei mais uns neurónios moribundos.

sábado, novembro 18, 2006

Twilight zone

Lembram-se decerto daquela série de culto dos anos 60, com aquela música do genérico perturbadora e que nos relatava histórias estranhas com ovnis, fantasmas e outras coisas que tais. Muito pior que zombies no quintal, homens-lampreia a sair da sanita ou marcianos a dizer adeus da janela da sua nave espacial são alguns episódios do meu dia-a-dia, que me fazem logo ouvir a musiquinha "turururu-turururu-turururu" e sentir o meu corpo sugado por um vórtice espaço temporal e ser transportado para a 5ª dimensão. Se os argumentistas da série me tivessem conhecido teriam material para escrever um episódio todos os dias até ao dia do juízo final. Se não, vejam alguns argumentos para histórias baseados em factos verídicos:
"A Exterminadora", em que uma profissional de saúde maníaco-depressiva assassina pequenos roedores inocentes com injecções de insulina.
"Surpresa!!", em que uma emigrante de um qualquer país centro-americano se revela um ser de outro planeta, sempre acompanhada do seu inocente mas insuportável coelho mutante de estimação.
"A clínica dos horrores", em que um aparentemente vulgar estabelecimento comercial se revela um local de passagem de zombies, mulheres cadavéricas com voz nasalada e debilóides mentais.
"A irmã de pinóquio", em que uma mentirosa compulsiva cocainómana tenta dominar o seu pequeno mundo fazendo uso de infusões de pelos púbicos (vulgo chá de pintelho).
E pronto, assim de repente, são alguns dos títulos. O que vos parece?

A minha vida dava um filme...

Ou talvez não... se calhar, um documentário da National Geographic ou na melhor das hipóteses, qualquer coisa tipo "Garden State" só que sem a Natalie Portman. Na pior das hipóteses, tenho alguns episódios ao nível da mais rasca telenovela sul-americana.
Ainda no outro dia fui protagonista de um desses folhetins. Felizmente, era uma mera personagem secundária cujo único papel era observar as duas personagens principais aos gritos e guinchos, aos pontapés às portas e murros nas paredes (por momento pensei tratar-se de um filme de Kung Fu ou de uma comédia foleira), enquanto iam desenrolando os seus papéis. É bastante mau assistir a este filme no local de trabalho. Bastante pior saber que as personagens estavam a ser interpretadas pelo patrão e sua cônjugue. A parte boa foi ter sido visto por alguns outros espectadores como o herói da película (só que sem capa ou super-poderes), enquanto desmascarava a vilã, uma qualquer aspirante a Maga Patalógika esquizofrénica.
Felizmente, fui salvo pela Carmen Miranda e o seu pronventrículo dilatado e pude sair da sala, entre o incrédulo e o prestes a libertar uma sequência de gargalhadas, pelo ridículo da situação.
Resta-me a esperança de ter assistido à cena de "volte-face", que irá mudar o rumo deste filme. Caso contrário, tenho mesmo de mudar de argumentista... Confusos? Não percam as cenas dos próximos capítulos...

terça-feira, novembro 14, 2006

Ahhh!... Férias

Pois é, como devem ter percebido pela pista anfíbia cá deixada há uns posts atrás, acabo de regressar de São Tomé.
Muito podia ser dito sobre o reino do leve-leve, das aventuras da princesa Maria Amélia e do seu séquito na floresta do Obó, do segundo melhor fruto à face da terra, do omnipresente peixe-fumo, dos tecelões gigantes, dos conóbias, das deliciosas mas potencialmente salmonélicas santolas, de plocos a passear nas ruas, de comer banana a todas as refeições, de cheirar folhas de canela, de ouvir "docedocedoce" a cada curva, de jogar scrabble com gafanhotos à luz de velas, de usar tanques de guerra como pacíficos estendais e chegar a casa e ter a mochila inundada de um cheiro a café forte e telúrico como uma ilha.
Mas palavras para quê? Uma imagem vale mesmo por muitas dessas...

quarta-feira, novembro 01, 2006

Quentes e boas!

Apesar do clima semi-tropical que estamos a viver (quem é que se lembra de andar de manga curta em Novembro?), ontem foram oficialmente abertas as hostilidades do consumo de castanha assada, como manda a época outonal.
Estava então ontem em casa de amigos em amena cavaqueira e a preparar a logística para a viagem quando veio uma segunda dose de castanhas como manda a lei, quentes e boas. inclusivé, as várias fornadas vinham para a mesa num saco de pano com o mesmo slogan bordado.
No preciso momento em que nos estavam a falar do serviço de catering de feijão frade entregue via bicicleta, ouviu-se um estouro "POFF!" e a sala ficou com uma nuvem de fumo.
Não, não era um ataque da Al-qaeda nem ninguém tinha comido castanhas a mais. O que se passou foi bem mais surreal, pois constatámos, enquanto afastávamos o fumo, que uma castanha tinha literadamente explodido à nossa frente. Passado o choque inicial e, enquanto tirávamos bocados de castanha estorricada da cabeça, seguiu-se novo estoiro, este agora das nossas gargalhadas. Penso até que terei batido novo record decibélico que, bem vistas as horas, não terá sido muito apreciado pelos vizinhos.
Conclusão: aquele corte que se faz às castanhas antes de as por a assar não é por acaso, nem para enfeitar. Simplesmente, serve para as impedir de nos atacar. Claro que mentes maquiavélicas podem ver outras aplicações ruins para este facto (Bwah-ah-ah!). Quem quer castanhas? Agora o slogan é quentes e explosivas!