sexta-feira, setembro 22, 2006

Espécie a abater

As pessoas que me conhecem sabem que sou uma pessoa pacífica e calma. Mentes menos iluminadas podem dizer que às vezes tenho acessos de mau feitio mas é mentira. Contudo, há situações que realmente me tiram do sério, como esta aqui:

Num dia desta semana, apó estar perto de 14 horas seguidas a trabalhar e ainda sem jantar, foi com grande custo que me arrastei até um daqueles cafés da moda com esplanada, que por uma questão de cortesia não vou referir o nome (mas que começa por K, acaba em A e tem uns Fs pelo meio), para uma ainda breve reunião de trabalho. Como a fome era mais que negra (naquele momento o meu estômago era um buraco negro capaz de tragar o que quer que fosse), encetei este diálogo com o empregado:

"Boa noite. Ainda dá para pedir alguma coisa para comer?"
"Com certeza"
"Então traga-me a lista sff"
(5 minutos)
"Aqui está"
(outros 5 minutos)
"Uma cola e uma tosta mista"
(mais 5 minutos)
"Peço desculpa mas a cozinha fecha às 23h. Pensava que fosse mais cedo"

Foi aí que me passei! O filho da puta não sabe ver as horas? Se não demorasse 15 min a servir ainda era capaz de ter comido qualquer coisa. Mas não... Os amigos que estavam na mesa comigo dizem até que fiquei com os olhos raiados de sangue e a espumar da boca e inclusivé, tiveram que retirar da mesa objectos potencialmente contundentes e oferecer-me um prato de sopa em casa. Em boa verdade o que me apetecia mesmo era meter a cabeça do empregado na tostadeira mas, como disse de início, a minha boa índole impede-me de ter tais pensamentos. Acabei por voltar para casa cansado, com sono e com instintos assassinos mas só vos digo que até me passou a fome...

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