segunda-feira, setembro 11, 2006

disquedisse

Uma das espécies mais estranhas com que me deparo nas minhas deambulações por este luso ecossistema (muito de sistema, pouco ou nada de eco, mas enfim...) é o "disquedisse". Geralmente, só se deixa ouvir e geralmente, conta-nos das cantigas, histórias ou relatos mais mirambolantes. Para ilustrar esta espécie de quadrilhice hipervitaminada, vejam só este exemplo:
No outro dia estava eu descansado rodeado de alguns amigos, a sorver o belo do cafézito, para manter os níveis de cafeína dentro do normal, quando uma das ditas amigas me disse que a minha irmã tem uma amiga que disse a outra amiga que disse a uma colega desta minha amiga (geralmente o "disquedisse" tem uma longa cadeia de comando, mais parece aquela brincadeira do telefone estragado) que eu tinha aberto negócio no Estoril com mais 2 colegas e que era "100 % certeza". Quem me conhecer sabe qual a área profissional em que deambulo e que efectivamente abri negócio mas há já alguns mesitos, tenho 4 e não dois sócios e graças a Deus, tive a presença de espírito de não me meter no tipo de empreendimento que tinham falado.
Ora isto levanta-me sérias questões: terei efectivamente realizafo tal proeza empresarial? terei um duplo por aí algures, que se apresente com o mesmo nome e apresente esta cara laroca? terei sido raptado por seres alienígenas e aminha existência neste planeta foi apagada durante algumas semanas? Provavelmente, não. Mas que chateia andar a ouvir histórias da carochina sobre coisas que não fiz, chateia! Qualquer dia andam para aí a dizer que sou um terrorista radical que anda a criar salamandras-bomba geneticamente modificadas para ataques suicida a bares à beira-mar (o que, sem sombra de dúvida, era muito mais interessante do que a história relatada).

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